BILHETE
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda... Mário Quintana

Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.



 

Inácio, um adolescente de 15 anos, vive na casa de Borges, um despachante, para aprender a profissão. Com o passar dos dias desperta nele e em D. Severina, mulher de Borges, um desejo insaciável e ela acaba beijando o garoto enquanto este dormia.
No início parecia improvável para D. Severina, principal figura do conto, a ideia de trair seu marido com um garoto tão jovem. Porém ela adota uma postura essencialmente ambígua, contraditória e misteriosa. Mas com o passar do tempo ela parece aceitar seu sentimento pelo rapaz.
Esta mudança de comportamento por parte de D. Severina se deve também à péssima forma como Borges a trata. Depois aturar tanta frieza, ela se depara com um jovem ingênuo e carente, que lhe admira e deseja e isso mexe com a sua auto-estima.
Porém, o encanto de Inácio é por algo muito superficial (a beleza dos braços de Severina), já ela é atraída por algo muito mais profundo. O rapaz faz com que ela perceba uma sensualidade e feminilidade que ela jamais pensou que possuísse, é por isso que ela acaba tendo a atitude impulsiva de beijá-lo, justamente para se sentir mais viva e, conseqüentemente, menos submissa.
O interessante no conto é que Machado descreve detalhadamente todas as etapas de desenvolvimento do desejo em D. Severina, vai mostrando ao leitor vários sinais que indicam a presença desse sentimento até que o leitor perceba que ela está “apaixonada” por Inácio.
Ao final, depois do ato impulsivo do beijo, Severina se sente culpada, passa então à autocensura, cobre os braços à mesa como forma de punir a si mesma por tamanha loucura e trata o rapaz secamente. Borges acaba por dispensar Inácio sem mais explicações, o que frustra o leitor que esperava por um desenrolar maior e um desfecho conclusivo para a história.
Mas talvez a idéia de Machado de Assis era forçar o leitor a pensar no que acontecera para Inácio ser dispensado, talvez Borges descobriu tudo, talvez ele estivesse insatisfeito com os serviços a ele prestados, talvez D. Severina insinuou a Borges que seria melhor liberar o garoto, Potencialmente, resta sempre uma dúvida, uma incerteza, uma sensação de desconforto provocada pela não resolução das questões no texto machadiano.

Por: Raul de Lima, Antônio Umberto, Vitor de Lima, Gabriel Henrique.

     

As adaptações dos grandes clássicos da literatura não são novidades, hoje em dia se tem adaptações de livros para o teatro e o cinema e também há o caminho oposto, isso e interessante, pois, faz com que as pessoas adquiram o interesse em ver o ‘trabalho original’ mostram para o publico que há histórias incríveis por traz dos livros.
    Neste poste iremos falar sobre a adaptação do conto a linguagem de história em quadrinhos.
   A adaptação que iremos analisar será da coleção Literatura Brasileira em quadrinhos da editora Escala Educacional, Adaptação: Francisco S. Vilachã. Capa: Ulhôa Cintra Comunicação e Visual e Arquitetura. Ilustração: Francisco S. Vilachã.
  Resumo rápido, adaptado para HQ, com roteiro e desenhos de Francisco S. Vllachã. Neste conto a personagem principal Inácio, se apaixona pelos braços da esposa do amigo de seu pai. Amigo este que o hospeda em sua casa para que o menino tivesse oportunidade de trabalho.
  Percebe-se que o texto original foi adaptado para a linguagem dos quadrinhos, o ilustrador consegue o efeito de enfatizar o fascínio de Inácio pelos braços de D. Severina e o leitor consegue ver pelos olhos de Inácio. O Ilustrador mostra detalhes que não poderiam ser visualizados por quem apenas leu o livro ao mostrar detalhes da fisionomia e dos olhares dos personagens. ‘‘passava-se isto na rua da lapa, em 1870’’ para transpor este conto para o formato de HQ (história em quadrinhos), o ilustrador mostrou as ruas antigas os automóveis antigos as roupas os escravos na casa antiga, e outros elementos.
  Concluindo o autor da adaptação foi genial em seu trabalho ao mostrar coisas que passaram – se despercebida mesmo na adaptação para a televisão. Eu sugiro que vejam mais essa linguagem do conto que e bem interessante.
''o ilustrador consegue o efeito de enfatizar o fascínio de Inácio pelos braços de D. Severina e o leitor consegue ver pelos olhos de Inácio''









Por:

Plinio

Hitalo Tiago



Frank  Luíz

Roanier


Alcir




 





              Inácio, quinze anos, rapaz bonito mora na casa do solicitador Borges, para quem trabalha. Vive a observar os braços da patroa Dona Severina. Severina depois de haver tratado o rapaz com indiferença, percebe que é amada por ele e passa a tratar o garoto mais com carinho e preocupação. Em um domingo, Inácio deita-se cansado e dorme sonhando com D. Severina. O marido de Dona Severina sai de casa para trabalhar e ela vai até o querto de Inácio e o beija  enquanto ele dorme. Borges retorna no outro final de semana e despede o rapaz. Ele sai sem entender por que estava sendo despedido, um ponto que o livro também não da continuidade e não explica.
               O curta em relação ao livro foi bem feito pois conseguiu mostrar os principais pontos que Machado utilizou ao fazer o livro. Apesar de receber elogios o curta trouxe também consigo polêmicas e críticas, o que é normal.
               Na representação visual do conto podemos perceber o quanto eles utilizaram de artigos sexuais para atrair o espectador o que de certa forma indica um pouco da nossa ignorância em relação a cultura. 
                 Mesmo com alguns pesares o curta metragem foi muito aplaudido, inclusive pelo nosso grupo.